A Jornada do Amor

Seguindo uma luz mágica, uma criança descobre o significado do amor ao caminhar por um mundo repleto de árvores brilhantes e estrelas dançantes.

Naquela noite tranquila, enquanto o céu brilhava com milhares de estrelas, um menino se sentou no quintal. Ele sentia o silêncio ao seu redor, mas dentro de si havia uma palavra que não parava de pulsar, como se tivesse sido soprada pelo vento: amor.

Ele tinha ouvido essa palavra durante o dia, dita com tanto carinho por alguém, que agora ela parecia estar dançando em sua mente.
— Amor… — murmurou baixinho, deixando o som da palavra se espalhar pelo ar. — O que será que ela significa?

De repente, algo mágico aconteceu. Uma luz dourada, pequenininha e brilhante, surgiu no jardim. Ela flutuava devagar, como se tivesse vida própria. O menino arregalou os olhos, mas não sentiu medo.

— Você me chamou — disse a luz com uma voz suave, como o som de folhas ao vento.

— Você… fala? — perguntou ele, surpreso.

— Falo para quem procura respostas — respondeu a luz, girando no ar como se estivesse dançando. — Você quer saber o que é amor?

O menino assentiu com a cabeça, os olhos cheios de curiosidade.
— Quero muito!

— Então venha — disse a luz, deslizando para frente. — Vou te mostrar.

Ele seguiu a luz por um caminho que parecia ter nascido do nada. As árvores ao redor tinham folhas que brilhavam como pequenos raios de sol, e o ar tinha um perfume doce, cheio de mistério.

A luz parou perto de uma árvore alta e cheia de folhas cintilantes.
— O amor é como essas árvores — explicou. — Ele cresce devagar. Precisa de cuidado e paciência, mas quando floresce, transforma tudo ao redor.

O menino tocou uma folha brilhante e sentiu algo quente e bom se espalhar por suas mãos, como se estivesse segurando um pedaço de alegria.
— É tão bonito… — disse ele, sorrindo.

Eles continuaram até uma clareira, onde uma casinha de barro simples e delicada estava construída no meio. No telhado, um pássaro João-de-barro estava pousado, olhando o menino com olhos calmos.

— O amor também é como ele — disse a luz. — O João-de-barro constrói sua casa com cuidado, pensando em proteger e acolher quem ele ama. Amar é criar algo especial, que cuida e dá abrigo.

O menino sorriu para o pássaro, que inclinou a cabeça, como se concordasse. Ele sentiu seu coração bater mais forte, como se começasse a entender algo mágico.

Por fim, a luz o levou ao topo de uma colina, onde o céu parecia infinito. As estrelas piscavam devagar, como se respirassem. A luz parou e falou com a voz mais suave de todas:
— O amor está em tudo o que conecta. Nos gestos simples, no cuidado em proteger, na paciência de construir. Mas o amor mais forte é aquele que nasce dentro de você.

O menino fechou os olhos, sentindo um calor doce dentro do peito. Era como se o mundo inteiro estivesse sorrindo para ele. Quando abriu os olhos novamente, estava de volta ao quintal.

Ao seu lado, um João-de-barro cantava suavemente, enquanto a brisa da noite dançava entre as árvores. Tudo ao redor parecia mais vivo, mais bonito. Agora ele sabia: o amor não era apenas uma palavra. Era algo que crescia, que acolhia e que fazia o mundo brilhar.

Deitado na grama, com o coração cheio de alegria, ele sussurrou para o céu:
— Obrigado.

E assim, naquela noite mágica, ele descobriu que o amor sempre estaria ali, em cada detalhe ao seu redor.

Fim.

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