O Aquário de Peixes

Chico e o pai constroem em casa um pequeno lago cheio de memória e magia.

Chico e o Lago Mágico

Quando Chico acordou naquela manhã, sentiu algo diferente: uma vontade de trazer um pedacinho do Lago Mágico para perto dele. Ele se sentou na cama, pensou por um instante e correu até a sala.

— Pai! — chamou, animado. — A gente pode… construir um aquário?

O pai levantou as sobrancelhas, surpreso e sorrindo.

— Um aquário? Que ideia bonita. Quer colocar peixes?

Chico balançou a cabeça.

— Não, pai. Quero montar um lago pequenininho… só para lembrar da gente lá dentro.

O pai colocou a mão no ombro dele.

— Então vamos fazer juntos.

Os dois saíram para a loja de animais. Chico caminhava olhando tudo com brilho nos olhos.

— Pai, olha essas plantas! Parecem mini florestas! — dizia apontando.

— Escolha as que combinam com o nosso lago — o pai respondia.

Eles compraram pedrinhas redondas, plantas verdes, uma casinha de cerâmica e algumas conchas brilhantes. Quando chegaram em casa, Chico espalhou tudo no chão.

— Por onde começamos? — perguntou.

— Pelas pedras — o pai disse. — No lago, o chão também começa por elas.

Chico colocou as pedrinhas devagar, como se estivesse construindo um caminho para as lembranças. Depois arrumou as plantas, deixando-as dançar num cantinho.

— Pai, tá ficando igualzinho! — Chico falou, empolgado.

— Está ficando do seu jeito, e isso é ainda melhor — respondeu o pai.

Eles encheram o aquário com água transparente. Quando a luz da janela bateu, a água fez um brilho suave, quase mágico.

Chico arregalou os olhos.

— Pai… a água brilhou como o lago!

— Esse brilho mora em você, filho. O lago só refletiu.

Chico sorriu. Pegou uma concha azul e colocou bem no centro.

— Essa é para lembrar o dia do meu primeiro peixe.

Depois pegou uma pedrinha dourada.

— Essa é uma aventura nadando com você.

O pai colocou uma casinha pequena no fundo do aquário.

— Essa é para lembrarmos que o que construímos juntos sempre vira lar.

Chico abraçou o pai apertado.

— Pai, quando eu olhar para esse aquário… vou lembrar de tudo.

— E eu também, filho.

O aquário ficou pronto. Silencioso, delicado e brilhante. Um pequeno lago cheio de memória e magia.

Chico sentou diante dele e sussurrou:

— Obrigado, Lago Mágico… por tudo.

A água brilhou mais uma vez.

E Chico teve certeza: a magia nunca iria embora.

Fim.