Chico sonha com a escola transformada em um castelo encantado, onde livros voam e aventuras ganham forma.

Naquela noite, o travesseiro parecia uma nuvem flutuante, e Chico, de olhos fechados, deixou-se levar pelo silêncio mágico que só a madrugada sabe embalar.
De repente, a escola — aquela que no começo parecia tão grande e cheia de mistérios — se transformou num castelo encantado. As paredes ganharam tintas douradas, as janelas viraram vitrais coloridos e as árvores do pátio dançavam ao som do vento, como cavaleiros saudando o jovem herói.
Chico, agora vestido com uma capa azul estrelada, caminhava pelos corredores de luz. Cada sala era uma aventura: na de leitura, livros flutuavam como borboletas; na de pintura, pincéis dançavam no ar, desenhando arco-íris sem fim.
E ali, no salão principal, estava a Professora Carola, usando uma coroa feita de lápis de cor.
Ela sorriu, estendeu a mão e disse:
— “Bem-vindo, Chico, guardião do saber! O castelo é seu.”
Com o coração aquecido, Chico se sentiu forte como um rei e leve como um dente-de-leão levado pelo vento.
Na manhã seguinte, ainda com os olhos cheios de sonhos, Chico correu até o pai e contou tudo.
O pai, sorrindo como quem conhece os segredos da infância, respondeu:
— “Todo grande castelo começa com a coragem de atravessar seus primeiros portões.”
E, juntos, eles saíram para mais um dia — não numa escola comum, mas no seu próprio reino encantado de descobertas.
Fim.